Translate

sábado, 26 de janeiro de 2019

# Capítulo # casa

Tinha tudo para correr mal (20º Capítulo)

Antes de mais um episódio desta história, quero agradecer do fundo do coração a todas as pessoas que semana após semana vão entrando em contacto comigo para me darem o seu feedback. Aliás tenho gostado tanto deste desafio que tenho uma proposta para vos fazer. Se estão curiosos vejam o post que fiz hoje de manhã e participem, vamos tornar esta história mais especial para todos.

"Onde é que eu estou? Que horas são?

- Bom dia, - Diz uma voz ao meu lado na cama.
OK, estou em casa do Hélder, está tudo sobre controlo. Ou quase tudo, volto ao controlo da situação quando encontrar a minha roupa interior, nenhuma mulher tem autoridade nua.
- Bom dia. - Sorri, enquanto isso inspeciono subtilmente o chão ao lado da cama em busca da minha roupa.
- Estás à procura disto? - Pergunta o Hélder mostrando as minhas cuecas. - O ritual é sempre o mesmo...
- Ainda bem que sabes, assim poupas-me o trabalho de explicar tudo. - Digo beijando-o.
- Porque é que não fazemos mais vezes?
- Porque ias ficar mal habituado.
- Edu, sabes bem o que quero dizer. - Diz ele agarrando-me. Será que consigo apanhar as minhas cuecas daqui?
- Sei, e tu sabes muito que eu prefiro procurar as minhas cuecas de manhã do que ter que ir à gaveta buscar umas... Assim está bem, não está?
- Sabes perfeitamente que adorava ter uma gaveta para ti no meu armário...
Oh digam-me que este está mesmo a falar de gavetas e não a usar uma metáfora inteligente.
- E se eu tivesse uma gaveta aqui em tua casa, tu ias querer uma gaveta em minha casa, e eu não tenho espaço para a tua gaveta.
Acho que me expliquei bem, pelo menos esta justificação tanto dá para gavetas como para outra coisa.
- Como é possível não teres espaço para uma gaveta...
- Tenho uma casa cheia de tralha, muito confusa! - Explico eu vestindo as cuecas ainda deitada. 
- És mesmo teimosa!
- E é por isso que gostas de mim. - Respondo pegando nas minhas calças de ganga.
- Pelo menos tomas o pequeno-almoço? 
- Tens café?
Onde é que estão os meus sapatos?

Duas horas depois estava de regresso a casa, mas decidi parar para tomar café (outra vez).

- Olha ela! O que é que fazes aqui a esta hora? - Pergunta o Rodrigo.
Qual era a probabilidade de isto acontecer? 
- Vim comprar pão. - Respondo sentando-me na mesa da esplanada à beira dele. - E agora vou aproveitar a tua companhia para tomar um café e fumar um cigarro.
- Estavas a fazer a passadeira da vergonha, não estavas?
Para quem não sabe a passadeira da vergonha é aquele ato vergonhoso de chegar a casa de manhã antes que alguém conhecido te veja, pois toda a gente vai saber o que andaste a fazer a noite toda.
- Como é que sabes? 
- Eu sei que gostas de andar sempre impecável, mas saltos agulha, e blusa de seda decotada, não me parece indumentária para vir buscar o pão. - Sorriu ele, neste momento apenas tenho duas questões na minha cabeça:
1º como é que ele sabe distinguir seda de outros tecidos.
2º onde é que ele aprendeu a dizer indumentária.
Mas apenas lhe respondo "Andaste a ler um dicionário?"
- Não, mas gosto de parecer erudito quando digo a uma miúda que lhe vou tirar a roupa.
Ele disse erudito? 
- Isto está a ser demais para mim, vou para casa dormir. . - Digo levantando-me.
- Então isso quer dizer que passas-te mesmo a noite acordada! 
- Não meu querido, quer apenas dizer que eu estou agora mesmo a ter um sonho muito estranho! - Termino afastando-me.
Atiro os sapatos para um canto assim que fecho a porta de casa e deixo-me cair ao chão. Sinto-me mal comigo mesma. Eu e o Hélder vivemos de noites vazias à mais de 2 anos, mas nunca conseguimos levar a relação mais longe que isto, primeiro por causa dos nossos trabalhos, depois porque eu não me consigo imaginar presa a uma pessoa. Assim está bem, assim estamos bem!
Sei que estou a mentir a mim mesma, ele é o típico homem de signo touro, ele quer estabilidade e mais tarde ou mais cedo vai acabar com isto e procurar alguma coisa mais normal. E nessa altura eu não me vou preocupar com as gavetas que tenho que arrumar. Não vai haver nenhuma!"


Se ainda não leram...

1º Capítulo | 2º Capítulo | 3º Capítulo | 4º Capítulo | 5º Capítulo | 6º Capítulo | 7º Capítulo | 8º Capítulo | 9º Capítulo | 10 Capítulo | 11º Capítulo | 12º Capítulo | 13º Capítulo | 14º Capítulo | 15º Capítulo | 16º Capítulo | 17º Capítulo | 18º Capítulo | 19º Capítulo


 Acompanhem as novidades através do Facebook | Instagram | Twitter |

17 comentários:

  1. Gostei de ler.Veja se a protagonista não se vai arrepender no dia em que o Hélder se cansar.
    Abraço e bom fim de semana

    ResponderEliminar
  2. Para quando o livro? ;)
    Beijinhos
    https://matildeferreira.co.uk

    ResponderEliminar
  3. A vida às vezes, não facilita mesmo nada, as relações amorosas...
    Mais um capítulo empolgante, que gostei de ler!
    Beijinhos! Feliz fim de semana!
    Ana

    ResponderEliminar
  4. Oh estou a gostar bastante de acompanhar cada bocadinho desses capítulos

    Beijinhos
    Novo post //Intagram
    Tem post novos todos os dias

    ResponderEliminar
  5. Concordo com a Ana... as nossas relações amorosas complicam_se sem necessidade!!! Bj

    ResponderEliminar
  6. Por vezes, acabamos por complicar as relações sem necessidade. E quando percebemos isso pode ser demasiado tarde. Espero que não seja o caso da Edu

    ResponderEliminar
  7. Às vezes as relações são muito complicadas. A velha máxima que se diz do: mais vale só que mal acompanhada, é muita vez o melhor.
    Bjxxxxx

    ResponderEliminar
  8. À espera do próximo capitulo!

    Bom domingo!

    ResponderEliminar
  9. Talvez o Hélder não seja o grande amor da Eduarda 😁
    Gostei muito deste capítulo
    À espera de mais!
    Beijinhos

    ResponderEliminar

Instragam