sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Estive um ano sem cortar o cabelo

Confesso que quando me desafiei a estar um ano sem cortar o cabelo, achei que não ia conseguir . Aliás, eu não estive apenas um ano sem cortar o cabelo, eu estive um ano sem fazer qualquer mudanças nos meus fios.
Claro que o interesse deste desafio, era, tal como nome indica desafiar-me, porém e enquanto embaixadora da Embelleze Portugal pensei que seria interessante não só mostrar o resultado do crescimento, mas também, falar-vos dos produtos que utilizei para manter os meus fios saudáveis sem precisar da manutenção de especialistas.

A ultima vez que cortei o cabelo foi no dia 26 de novembro de 2017 e na mesma altura fiz madeixas. Desde então não fiz mais nada. Posso dizer-vos que o meu cabelo cresceu cerca de 18cm.
Para não precisar de manutenção e para não correr o risco de ficar com o cabelo estragado, tive que ter cuidados redobrados e recorrer a vários produtos que a Novex dispões para me ajudar, fazendo ajustes sempre que achava necessário.


Nos dias mais frios usava o shampoo e condicionador Santo Black Todo poderoso e nos dias de maior calor e de exposição solar utilizava o quarteto de shampoo, condicionador, máscara e spray "A Minha Praia". Sempre que utilizava o secador, a prancha ou o modelador eu utilizava uma máscara de queratina para proteção térmica. Nos dias de verão em que o calor era muito, para evitar que o cabelo ficasse ressequido, utilizava sempre uma noz de sérum nas pontas para que não ficassem espigadas. Na primavera e no outono para combater a queda, utilizava ampolas anti-queda, como cuidado reforçado.

Outra coisa que posso adiantar é que sempre que possível eu evitava usar o secador, a prancha e o modelador e que para dormir, ao contrário do que a maioria das pessoas defende, eu prendia o cabelo mas sem muita pressão para não quebrar os fios.

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quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Afinal era tudo culpa do artigo 13

Ontem de manhã quase tinha um colapso quando acedi à internet e vi uma série de pessoas falarem nas redes sociais que canais do youtube, páginas, blogs e afins ia ser apagados e que vinha ai uma lei que ia regular tudo isso.

Tudo começou quando um tal Wuant decidiu partilhar um vídeo no seu canal no youtube, onde dizia que o seu canal ia ser apagado, que era o fim da internet como conhecemos e afins....
Confesso que não tive paciência para ver o vídeo, mas fiquei preocupada, por isso fiz o qualquer pessoa com bom senso e fui pesquisar à internet o que era o tão temível artigo 13.
Não vos vou explicar o que é o artigo 13, pois se o fizesse possivelmente cometeria algum erro, mas posso garantir que ao contrario daquilo que o Wuant disse, isto não é de perto nem de longe o fim da internet como nós conhecemos... 
Sobre este assunto só tenho uma coisa para dizer, antes de lançarem o pânico, informem-se como deve ser. Se quiserem vejam este artigo do "Observador" que explica melhor que eu o que afinal vai acontecer.
 

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quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Hora da Póóóchete#112

Nunca digam a um homem "pelo menos estamos a trocar mensagens"

Ele: Podíamos estar a trocar outras coisas...
Eu: Tipo o quê?
Ele: Isso agora... Diz-me tu!
Eu: Neste momento só me apetece trocar cromos!

E foi assim que não trocamos nada!

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segunda-feira, 26 de novembro de 2018

#Resumo da Semana nº47/2018

A semana que passou, foi divertida, mas também de muito trabalho. Com o passar dos dias, tenho me sentido cada vez mais cansada e sem forças. Pessoalmente eu acho que apesar de dormir o mesmo numero de horas, o facto de acordar às 5h45, me está a causar este cansaço. Mas não tenho outra opção senão habituar-me por isso, não vale a pena queixar-me.
Também tenho aproveitado o meu tempo livre para fazer as compras de natal, e estou no bom caminho, para já tenho ou quase todas compradas ou encomendadas.

Legenda:

1. Durmam com ideias, acordem com atitudes!
2. Ainda não vos tinha mostrado o petisco que fiz no domingo para o almoço! Cá em casa toda a gente adorou... E vocês, o que acham? Gostavam de ver esta receita no blog?
3. Esta é uma mensagem que infelizmente nunca sai de moda!
4. Contra factos não há argumentos, hoje já é segunda-feira outra vez e porque é segunda no blog (link na bio) temos resumo da semana não percam!



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sábado, 24 de novembro de 2018

Tinha tudo para correr mal (12º Capítulo)

Na semana passada, muita gente se interrogou sobre como é que ia correr o encontro entre a Eduarda e o Filipe. Confesso que ponderei escrever um capítulo intermédio só para prolongar o suspense, mas depois, e porque vocês merecem, decidi publicar já hoje os acontecimentos desse tão esperado jantar/encontro.

"Escolhi um vestido sexy para o meu jantar com o Filipe. Por baixo levava uma daquelas lingerie super sexy e super desconfortáveis, mas estava com esperança que o sacrifício valesse a pena. Tinha que valer, caso contrário estava vestida em roupa interior de vinil para nada. 

Assim que cheguei ao restaurante (e fiz questão de me atrasar uns minutos para aumentar o suspense), ele sorriu-me com aqueles dentes perfeitos e arrastou a cadeira para eu me sentar. Já viram a minha sorte, além de lindo de morrer, ter sentido de humor, é também um cavalheiro.
Mas não é assim tão cavalheiro que não me tenha comido com os olhos assim que me aproximei, mas pelo menos foi discreto. 
No final do jantar, as coisas estavam bem encaminhadas, dei-lhe as deixas certas e seguimos no meu carro para um hotel. Deixei-o fazer o check-in e depois seguimos para o quarto trocando beijos no elevador. 
- Espera! - Digo eu. - E se mandássemos vir champanhe?
- Tudo o que quiseres. - Respondeu ele pegando no telefone para ligar para a recepção, minutos depois estava o empregado a bater à nossa porta com uma garrafa de champanhe caríssimo. 
Assim que o empregado saiu ele voltou a agarrar-me e a beijar-me, deixei-me levar para a cama e entre beijos e caricias disse-lhe ao ouvido.
- Dá-me uns momentos para ir vestir algo mais confortável! - Disse indo para a casa de banho.
Confortável o tanas, esta lingerie de vinil é tudo menos confortável. Mas pronto queria ser uma dominadora, pelo menos nesta noite especial, por isso além da roupa interior de vinil tirei da carteira, o telemóvel e mandei uma mensagem rápida, depois tirei também umas algemas que a Joana me tinha emprestado. Sorri! Isto ia ser giro!
Deixei as minhas coisas na casa de banho e saí.
Escusado será dizer que como qualquer homem que vê uma mulher nestas condições, ele ficou logo muito mais animado... E com os olhos estranhamente esbugalhados. Sorri o mais sexy que consegui e mostrei-lhe as algemas.
- Estás a brincar!!! - Exclamou surpreendido.
- Eu quando te disse que era uma caixinha de surpresas não estava a brincar! - Respondi tentando manter a minha postura sexy e dominadora (nem eu sabia que tinha tanto jeito para a coisa). 
Excitado ele levantou-se e agarrou-me, empurrei-o, fazendo-o cair na cama e debrucei-me calmamente sobre ele dizendo baixinho:
- Ou fazemos isto como eu quero, ou não fazemos coisa nenhuma!
Foi o suficiente para ele me deixasse algema-lo à cama, por incrível que pareça ele estava mesmo a gostar daquilo, por isso fui dando alguns beijos antes de me afastar e me sentar no cadeirão aos pés da cama a beber champanhe.
- Não me digas que vais ficar ai... - Reclamou ele.
- Claro que não! Eu quando disse que as coisas iam ser à minha maneira, não te contei tudo... - Digo eu enquanto vejo uma sombra de dúvidas passar pelos seus olhos. Dou uma gargalhada. - Não te queria dizer nada para não estragar a surpresa, mas pedi a uma amiga para se vir juntar a nós... 
Tento não me rir do brilho dos seus olhos. Parece um adolescente que viu seios pela primeira vez. Torna-se até um pouco patético, mas tento não reparar nisso. Mostro-lhe uma mordaça.
- Não estás a exagerar? - Pergunta ele.
- Oh, não queres? Ia ser tão giro... Prometo que não te vais arrepender! - Garanto com cara de boa menina.
Ele alinha, nunca pensei que fosse alinhar tão facilmente, mas vai ser desta que eu vou realizar os meus desejos.
Estou a acabar de lhe apertar a mordaça quando batem à porta do quarto. Afasto-me dele com um sorriso malandro e vou até à porta, do outro lado, muito admirada está a Carlota, que fica ainda mais espantada quando me vê vestida de vinil.
- Mas, o que é que... - Dizia ela, mas faço-lhe sinal para se calar, ela fita-me chocada. 
Puxo-a para o quarto e depois para a casa de banho.
- Não estou sozinha! - Explico.
- Deu para perceber! Porque raio me disseste para vir aqui ter com urgência?
- Já vais ver, agora chega-me os sapatos que estou cheia de esta fatiota ridícula vestida. - Digo enquanto voltou a vestir a minha roupa. 
Assim que acabei de me vestir e de arranjar o cabelo, saí da casa de banho fui ao mini bar, não só meti umas quantas garrafas na mala, como servi uma bebida à Carlota e outra para mim.
Fiz sinal à Carlota para que me seguisse, entrei no quarto e assim que me viu novamente vestida, um certo receio passou pelos olhos do Filipe, que amordaçado e algemado não podia nem se mexer muito nem fazer muitas perguntas. Depois disse à Carlota para entrar. A surpresa nos olhos dele foi fenomenal, não controlei e comecei a rir às gargalhadas.
- Pois é, o mundo é pequeno... - Digo eu.
- O que é que...
- Vá feliz Natal adiantado! Considera isto a tua prenda! 
- Prenda? O que é que eu vou fazer com este gajo? 
- Nada, a ideia é mesmo essa. - Respondo, tirando mais uma garrafa do mini bar. 
- Como é que sabias... Como é que o conheceste... Ele é o gajo que dormiu comigo na noite de Halloween! - Dizia a Carlota incrédula. 
Na cama o Filipe estava a tentar dizer algo, mas nenhuma o estava a ouvir, era apenas ruído.
- Quando te fui buscar ao hotel, tive que pagar a conta, porque aqui o cavalheiro, nem o quarto pagou, e ao pagar vi o nome dele. Quando vi na ficha "Filipe Cunha Alves" fiquei desconfiada, qual era a probabilidade de estarem dois Filipes na mesma festa? Por isso na semana seguinte pedi-lhe que me adicionasse no facebook e tive a certeza, Tive ainda mais a certeza quando ele me sugeriu este hotel para passarmos a noite.
Sim, além de sacana ele era óbvio!
- Edu!!! Isso é de génio! - Disse a Carlota tirando outra garrafa do mini-bar. 
- Acho que ele deve passar aqui a noite a olhar para o teto a pensar no que fez. 
Pego na minha carteira mas antes de sair aproximo-me do Filipe que me fita com puro terror.
- Agora vais sentir o quanto é humilhante acordar sozinho num quarto de hotel depois de uma noite inesquecível! Ah, e cuidado com a conta... 
Afasto-me e ele começa a grunhir como um porco.
- Eu sei o que estás a pensar, mas não te preocupes, eu vou avisar o serviço de quartos para vir limpar amanhã de manhã. Agora dorme bem! - Termino com um beijo na sua testa.
Eu e a Carlota saímos do quarto, ao chegar à recepção apenas faço uma pergunta:
- A que horas é o serviço de quartos?
- Oito. - Responde a funcionária.
- Ótimo, estejam à vontade. - Digo saindo acompanhada da Carlota.
- Não acredito que fizeste isto! - Exclama ela.
- Primeiro, não era capaz de me envolver com um gajo que gosta de coisas muito ameaçadoras como algemas e mordaças, segundo, nunca tenho sexo no primeiro encontro, terceiro, não consigo perdoar quem magoa os meus amigos, principalmente os ingénuos! 
- Adoro-te! Foi sem dúvida a melhor prenda de sempre."

 

Se ainda não leram...

1º Capítulo | 2º Capítulo | 3º Capítulo | 4º Capítulo | 5º Capítulo | 6º Capítulo | 7º Capítulo | 8º Capítulo | 9º Capítulo | 10 Capítulo | 11º Capítulo |


Espero que tenham gostado de mais este capítulo. O que acharam? Contem-me tudo!
 

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quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Hora da Póóóchete#111

Dos mesmos criadores saga "A Isy não gosta de pessoas" e de "A Isy não gosta de conversa de engate" eis que chegou o grande sucesso "Problema resolvido em 3, 2, 1..."

Ele: Que idade tens?

Eu: 29 e tu?
Ele: 24, mas gosto de falar com pessoas mais velhas!
Eu: Que giro, eu também!

Problema resolvido!

 

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terça-feira, 20 de novembro de 2018

7 do momento... nº49

Chegou o momento de vos falar do que tenho andado a ver, ler e a usar. Prontos para mais um leque de sete sugestões?
As sugestões deste mês começam com a série de documentários televisivos "The World's Most Extreme". Em casa episódio conhecemos várias situações extremas, desde salvamentos, a construções de aeroportos ou até mesmo pontes. A ideia destes documentários é apresentar situações tão extremas mas reais para que possamos pensar duas vezes sobre a realidade que nos rodeia.
Para reforçar as minhas sugestões literárias apresento-vos um dos livros que mais gostei de ler nos últimos tempos. "A Elegância do Ouriço" é uma obra de Murial Barbery, é uma obra inteligente, com a pitada certa de humor, que nos apresenta três personagens que são tão inteligentes que perceberam que o ideal não é mostrar tudo o que sabem sem estragar a expectativas que o mundo tem sobre elas.
Eu sei, as minhas sugestões de cinema são sempre (ou melhor quase sempre) sobre filmes de terror, mas depois de alguma pesquisa, acabei por ver na noite de Halloween o filme "Verónica" é um filme espanhol dirigido por Carlos Algara e Alejandro Martinez-Beltran que nos conta a história de uma adolescente que descobre estar possuída por um demónio, porém enquanto ela tenta resolver esta situação e proteger os irmãos, acaba por os colocar em grande risco.
No meu novo trabalho tenho a possibilidade de ouvir rádio enquanto trabalho, e por isso, muitas das horas do meu dia são passadas a ouvir a M80, primeiro porque passam sempre músicas que ouvi durante anos, e ainda por cima músicas que eu adoro. Só esta semana ouvi umas quantas das minhas músicas favoritas, além disso tem alguns programas bem animados e originais. Se ainda não ouviram, experimentem de certeza que não se vão arrepender.
Já não é novidade nenhuma que eu sou viciada em sapatos e em compras online, por isso não resisto em juntar o melhor destes dois mundos, daí que tenho colocado entre as minhas sugestões, uma página do facebook, chamada "Calçado Barato" que visito regularmente e da qual sou uma consumidora. Além de o calçado ser sempre muito bonito e estar sempre na moda, a qualidade é verdadeiramente boa, já compre lá dois pares e adorei a combinação entre a qualidade e o preço.
E porque tenho tenho tido a sorte de ter ver algumas séries, hoje optei por incluir na minha lista a série "Band Of Brothers". Já me tinham dito que esta era uma série forte, por era baseada nos relatos reais de membros do exercito, sobre tudo aquilo que passaram na segunda guerra mundial, e apesar de muitos episódios serem fortes, existiu um que me marcou particularmente, pois a verdade é que aquele era o relato dos homens que abriram a libertaram judeus de um campo de concentração.
Finalmente e para acabar estas sugestões em grande, mais uma loja online que me cativou. Já não é a primeira (e provavelmente não vai ser a última) vez que vou falo da Dresslilly. Estamos aqui a falar de uma loja online, cheia de peças fabulosas com preços atrativos. O tempo de entrega não é o ideal se tiverem com muita pressa (as minhas encomendas demoram sempre em média 20-30 dia), mas vale sempre a pena.

Espero que tenham gostado destas sugestões. Já conheciam alguma?

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segunda-feira, 19 de novembro de 2018

#Resumo da Semana nº46/2018

Ultimamente as semanas não só têm passado rápido como cansativas e esta última semana não foi exeção.. Entre o trabalho e o blog tenho trabalhado em média 10 a 12 horas por dia e o cansaço começa a acumular. Este fim de semana, tive mesmo que parar umas horas para descansar, e acho mesmo que se continuar com este ritmo, em breve talvez vá passar um fim de semana a um hotel ou fazer algo relaxante, alguém tem ideias?
Entretanto já tenho andado a pensar nas prendas de natal e já comprei/encomendei algumas. Em breve começo a pensar na decoração cá de casa.

Legenda:

1. Quando tens uma gata que é o elemento mais fotogénico da família!
2. "Isy tens alguns vício?
Hum... Deixa-me pensar..."

3. Muitas vezes as refeições mais simples são as melhores!
4. Quando a minha mais velha fica aborrecida mas mesmo assim quer mimos!
5. Facto da vida nº67: A luz viaja mais rápido que o som, é por isso que algumas pessoas parecem brilhantes até abrirem a boca...
6. Bom dia e bom almoço!
7. Andei a arrumar os meus globos de neve e decidi fotografar aquele que veio comigo nas férias de verão.

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domingo, 18 de novembro de 2018

"Não sabia se era uma pessoa de confiar ou não mas não tive outra alternativa."

"While You Stay at home" (enquanto tu ficas em casa) é o mote e o nome do blog da Paula Carvalho, a jovem de 27 anos que pediu uma licença sem vencimento para conhecer o mundo. Durante quatro meses a Paula conheceu o sudeste Asiático completamente sozinha.

 Ontem é só Memória: Li na imprensa que a ideia de viajar e partir à descoberta surgiu depois de veres o filme "Comer, Orar e Amar". O que as pessoas devem querer saber é quem é a Paula, e porque é que mesmo inspirada por um filme, fez algo que poucas pessoas têm coragem para fazer?
Paula Carvalho:
Sempre gostei de viajar, e que sonho que era poder viajar em sítios com realidades tão diferentes da nossa... Nunca tinha pensado em fazer algo do género, pois para mim seria sonhar alto demais, até ao dia em que vi o filme, e decerto outros fatores que estavam a acontecer na minha vida pessoal motivaram a que a história me tocasse mais do que noutra altura qualquer da vida. Fui pesquisando nos intervalos do filme ingenuamente mal sabendo que aquele gesto seria o inicio de toda uma pesquisa de meses que me levou a concluir que poderia viajar por meses seguidos. A pesquisa decorria sem eu saber que o iria mesmo fazer, mas depois de tanto trabalho e perceção de que não é impossível, a vontade estava demasiado entranhada para que não fosse pôr em prática todo o trabalho de meses.

Paula passou longos meses a planear a sua viagem, procurou várias dicas e os locais mais baratos, tinha um orçamento estipulado para cada local que pretendia visitar, porém assim que chegou à Índia percebeu que meses de planeamento iam ter que ser adaptados. Logo no primeiro dia gastou quase todo o orçamento que tinha disponível para o país, uma vez que teve mudar de estadia. E esse era apenas um dos momentos menos bons da viagem.

Ontem é só memória: Qual foi a situação mais traumatizante da tua viagem?
Paula Carvalho: Penso que a pior foi mesmo durante uma viagem de comboio na Índia, de Varanasi para Calcutá. Já tinha bilhete mas o meu comboio foi cancelado, e como já sabia que supostamente os comboios na Índia estão sempre cheios, não sabia bem como fazer para me conseguir deslocar nesse mesmo dia para onde queria.
Quando cheguei à Índia a ideia que me venderam era que para comprar bilhetes eram precisos cerca de dois dias de avanço porque está sempre tudo esgotado. Comecei a entrar em pânico pois não poderia esperar tanto tempo já que tinha um avião para a Birmânia em dois dias. Tenho de ir para Calcutá neste dia. Direciono-me ao departamento de ajuda a turistas que não ajudou nada mas ao menos encaminhou-me a um senhor que me ajudou a perceber como devia proceder. Não sabia se era uma pessoa de confiar ou não mas não tive outra alternativa. Tinha de confiar nele e fazer o que me dizia, mas pareceu-me boa pessoa e o meu julgamento estava correto.

Na Índia os comboios têm várias classes, o bilhete geral dá acesso a uma área que tenho em mente ser muito assustadora e foi esse bilhete que comprei. Paguei uns cêntimos por um bilhete de comboio que ia durar horas e horas e o bilhete que tinha comprado 10 vezes mais caro ficou sem efeito pelo que ia ter de comprar outro. O que este senhor me disse é que não podia então comprar o bilhete para a classe que eu queria (aquela com camas para dormir) e teria assim de comprar o bilhete geral e no comboio pedir um upgrade para a tal classe. Todos os bilhetes de comboio têm um lugar assegurado e eu sabia disso. Sabia que não tinha um lugar para mim mas tinha de ir neste comboio e arriscar. A experiência foi assustadora e muito desagradável, não só pela forma como os indianos olhavam para mim, mas também por todo o cenário possível e imaginário que ia pintando na minha cabeça.
Ora, ali estava eu sentada no espaço entre carruagens em cima da minha mochila. Quem já andou de comboio na Índia sabe que este não é sítio para ninguém. É barulhento, aberto e muito desconfortável. Era o sítio onde até os serviçais do comboio tinham um lugar para se sentar e eu ali num canto. Começam a olhar para mim e a rir, como que a fazer chacota, o que não estava a ajudar nada à situação. Vêm ter comigo e perguntam o que estou ali a fazer, mas não falam quase nada de inglês. Vão chamar outras pessoas e dou por mim a ser abordada por umas 10 pessoas diferentes a perguntarem porque estava ali, portanto tive de explicar essas vezes todas que estava à espera do pica do comboio para me fazer upgrade no bilhete e me arranjar um lugar vago. Sabia lá eu quanto tempo isso podia demorar…
Começo a ficar muito assustada pois os olhares não são simpáticos. São quase como de desdém. Começo a pensar: e se mandam borda fora pois não paguei para estar naquela carruagem? Que vou eu fazer numa estação indiana sozinha a meio da noite? Foi o pensar em todas as coisas más que me podiam acontecer que me deixou mesmo muito nervosa.
Até que vem mais um senhor indiano perguntar-me o que estava a fazer ali sentada e, depois de mais uma explicação, diz-me para o seguir. Nem penso, sigo-o. Ele leva-me até ao sítio onde a sua família estava e diz-me para me sentar lá com eles. Nesse momento nem sei explicar como consegui não verter lágrimas. Era um misto de sensações muito grande. Sentia-me mal por estar a rogar pragas a todos os indianos e agora vem este senhor que me ajuda e a sua família é tão simpática comigo. As crianças até me ofereceram comida. Senti alívio, muito alívio por sentir que não estava sozinha e que tinha ali alguém para me apoiar com um gesto tão simples como aquele. Falei com eles em inglês pois eram fluentes, o que também me acalmou. Sentar-me naqueles centímetros de banco naquele momento foi a melhor coisa do mundo. Fiquei com eles por um bom tempo pois o pica do comboio nunca mais aparecia e já lá iam umas horas. Na verdade, ele nunca apareceu. Se não tivesse sido esta família não sei o que teria sido feito de mim…
Eles pediram ao serviçal que me havia estado a mandar olhares de ódio para me encontrar um lugar e ele lá o fez. Agradeci-lhes muito e fui para um sítio onde podia finalmente descansar e estar confortável.
Ao chegar a Calcutá, como o pica não tinha aparecido e eu não tinha feito o upgrade do bilhete, o tal serviçal de sempre vem fazer a cobrança. Até aí tudo bem até que ele me diz o preço do bilhete. Sabia bem que esse não era o preço justo e argumentei com ele. Até lhe mostrei um print screen que tinha tirado da net com o valor do bilhete. O que mais me irrita é que todos os outros indianos à volta estavam a ver que ele me estava a cobrar bem mais, mas ninguém teve a decência de dizer nada. Discuti com ele por uns minutos até que interiorizei que aquilo não me levaria a lado nenhum e lá tive de pagar. Num acesso iluminado qualquer, lembro-me de lhe pedir o recibo. Dado isto, ele foi falar com um outro senhor indiano que vem com um caderno de recibos e me dá metade do dinheiro para trás, afirmando que eu tinha pago a mais. Concluo que se não tivesse pedido o recibo, o empregado tinha ficado com o dinheiro todo para ele. Mas, ao menos, esta pessoa honesta não o permitiu.
Foi mesmo a situação mais stressante da viagem.

Atualmente a Paula prepara-se para abraçar um novo desafio, percorrer Myanmar duma bicicleta dobrável.

Ontem é só Memória: Quais são os teus maiores receios e expectativas, relativamente a este novo desafio?
Paula Carvalho:
Sei que não vai ser fácil andar sempre com a bicicleta, mesmo sendo ela dobrável ainda é um objeto grande de carregar. Só tenho receio que ela me falhe com alguns problemas que possa dar. De resto estou tranquila pois como já lá estive, já sei como é o país. Espero passar momentos tão bons ou melhores dos que já lá vivi anteriormente, e que se deram em dias onde a bicicleta esteve presente.

A bicicleta dobrável surgiu de uma parceria com a Ympek, e tem cerca de 153 cm largura e 102 cm altura, porém dobrada as suas medidas reduzem-se a 90 cm largura e 65 altura. E apesar de mesmo assim ainda não ser fácil de transportar, vai ser a companheira de viagem da Paula pelo Myanmar.

Ontem é só Memória: Já referiste várias vezes que um dos objetivos principais da tua viagem é conhecer os os Bayingyi, mas de certeza que tens uma série de coisas que queres ver, conhecer e aprender, fala-nos um pouco sobre isso.
Paula Carvalho:
Sim, gostava de ter contacto com estas pessoas que descendem dos nossos antepassados, mas também tenho muitas outras coisas que quero ver e experienciar. Desde andar de bicicleta, de comboio, que são coisas que te permitem ver de forma mais genuína como é a vida dos Birmaneses, até templos de beleza inquestionável. O pôr-do-sol e o nascer do sol com balões de ar quente até perder de vista entre templos de outros séculos. No entanto existe um sítio que tenho mais vontade de conhecer do que os outros todos: Mrauk-U. Digamos que este sítio tem pouquíssimos turismo e templos ancestrais que me vão invocar para outra era. É disto que gosto mais, locais genuínos.

Depois de conhecer as aventuras da Paula pelo Sudeste Asiático, é difícil esquecer, e desde que regressou que a Paula percebeu que esta sua aventura se tornou menos anónima do que aquilo que ela pensava inicialmente.

Ontem é só Memória: Partiste para a tua primeira viagem como uma turista anónima, mas quando regressaste muitas coisas foi dita sobre ti e tua viagem, este reconhecimento mudou a tua vida?
Ontem é só Memória:
Se mudou foi na perspetiva de conseguir concretizar este projeto devido à projeção que advém da primeira viagem. De resto continuo a ser uma turista muito anónima.

Ontem é só Memória: Tendo em conta que estamos a viagens com uma duração relativamente longa, não achas que seria interessante para ti teres uma companhia, ou simplesmente não sentes falta de ter uma pessoa ao teu lado durante a aventura?
Paula Carvalho: Antes de ir pensei que ter companhia seria muito melhor, mas depois, quando voltei, fiquei muito feliz por ter ido sozinha e se tivesse de fazer tudo outra vez ia sozinha novamente. É óbvio que há momentos em que sentimos falta de alguém a nosso lado, pois a felicidade é melhor quando partilhada, no entanto também me lembro de vários momentos em que queria estar sozinha e não conseguia. Existem tantos outros viajantes a solo, que para mim, ir sozinha acabou por não ser tão solitário quanto se possa pensar.

Ontem é só Memória: O que é mais difícil, ir ou regressar?
Paula Carvalho: Regressar! Sem dúvida.


De certeza que a aventura da Paula já inspirou muitas pessoas a fazerem o mesmo, mas tal como no inicio Paula ouviu coisas assustadoras e várias opiniões que lhe diziam que a ideia era louca, é normal que existam receios nos novos viajantes.

Ontem é só Memória: Que conselhos dás para quem está a pensar seguir os teus passos?
Paula Carvalho: Primeiro gostava de dizer a quem tem medo de ir por estar sozinho, não o tenha. Viajantes a solo conseguem conhecer ainda mais pessoas e estão dispostos a essa abertura até mais do que o normal. Ter medo de ir sozinha para a Índia é normal, sendo mulher, mas também não é um problema, tal como referi acima.
Aconselho a não preparar tudo em demasia, go with the flow é o melhor que podemos fazer numa aventura destas. Conheço vários viajantes que mudaram rotas por terem conhecido outras pessoas fantásticas e juntos decidiram por novos planos.
Estar aberto à diferença e aceitar os outros. Analisar bem o ambiente em redor e adaptar-se a essa realidade sem preconceitos. Meias rotas e andar com a mesma roupa dias seguidos não vão fazer de ti um alvo de chacota. Os viajantes querem é viver com alegria cada momento sem preocupações com coisas superficiais.
Levar só o necessário, em todos os sítios existem serviços de lavandaria, portanto levar o armário às costas não faz sentido, até porque tudo o que se leva terá de ser carregado às costas debaixo de temperaturas bem altas.
Por fim, estar atento e não se envolver em situações complicadas, e tudo vai correr bem!

Quanto ao futuro a Paula afirma que "gostava que se abrissem portas para continuar com este conceito da bicicleta, se isso não acontecer, irei voltar ao Vietnam e ficarei lá por uns tempos a ajudar crianças com a prática de inglês." Por cá vamos esperar e ver o que acontece.

Se ficaram contagiados e curiosos saibam que podem acompanhar tudo através do Instagram e do blog da Paula.

 

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sábado, 17 de novembro de 2018

Tinha tudo para correr mal (11º Capítulo)

Quem é que ainda se lembra da festa do que aconteceu na festa de Halloween? Pois bem, uma vez que as pessoas ficaram curiosas em relação ao Filipe  decidi que seria interessante dar uma oportunidade a essa personagem, mas ainda não vai ser já. Mas fiquem atentos.

"- Agora já podemos pensar no Natal. Quem é que organiza a festa este ano? - Perguntou a Joana.
- Acho que este ano é a minha vez. - Respondo colocando o telemóvel em cima da mesa, eu e o Filipe temos passado muito tempo a falar e estamos a pensar em breve marcar um café ou um jantar.
- Precisas de ajuda? - Perguntou a Ana que gosta tanto do Natal como uma criança de cinco de cinco anos que ainda acredita no Pai Natal.
Ela continuou a falar, mas não a ouvi, tinha uma nova mensagem no Filipe, andava curiosa em relação a uma situação que não queria nem devia comentar ninguém.
Mas afinal qual é o motivo de tanta curiosidade? Não sei o nome do Filipe e nem sei se ele se chama mesmo Filipe, ele pode se chamar Zé Zarolho e eu nem imagino.
Qual é a melhor maneira de saber a vida de uma pessoa? Adiciona-la no Facebook!
Mensagem enviada, pedi-lhe para me adicionar no facebook.
PLIM! Novo seguidor! Cá está aquela carinha bonita e cá está o nome dele... Filipe Cunha Alves. Nem conseguia acreditar no que os meus olhos viam. Sorri e propus um jantar a dois para o dia seguinte.
- EDU! - Gritou a Ana. Falta mais de um mês para o Natal, mas ela já está com ganas.
- Diz, desculpa, estava distraída. - Respondo atirando o telemóvel para a carteira.
- Estava a dizer que podias fazer o teu delicioso bacalhau com natas...
- Pode ser, já vou comer bacalhau com broa no jantar de trabalho dia 22 de dezembro, bacalhau gratinado no jantar da igreja dia 21, bacalhau de qualquer forma no jantar do clube de gays e lésbicas da terrinha no dia 20... Porque não comer bacalhau com natas no dia 23? - Reclamo.
- Jantar da igreja? - Perguntou a Joana a rir.
- Jantar do clube de gays e lésbicas? - Perguntou o Rodrigo.
- Isso nem sequer existe. - Reclamou o Artur.
- Pois não, mas perceberam a ideia. Toda a gente enfarda bacalhau nas festas de natal. Nós próprios nos queixamos todos os anos que passamos dias a comer bacalhau e depois os restos das festas... - Explico aguentando a minha forte curiosidade de ver o telemóvel.
- Nisso tens razão, todos os anos é a mesma coisa. - Concordou o Ivo bebendo o seu fino.
- Vamos comer sushi! - Gritou a Carlota dando um salto e batendo com a mão na mesa, como se a escolha do jantar de natal fosse a mesma coisa que declarar guerra a uma grande potência.
- Aguenta os póneis! - Disse-lhe o irmão rindo.
- Não querias dizer cavalos? - Perguntou a Ana.
- Não, queria mesmo dizer póneis, além de mais nova e mais ela é a mais baixa, se nós aguentamos os cavalos ela tem que aguentar os póneis. - Explicou o Artur, obviamente que isto era daquelas coisas que só os irmãos entendem.
- Tive uma ideia! E que tal um churrasco? - Sugiro. Ficam todos a olhar para mim como seu fosse um pónei cor-de-rosa.
- E vamos fazer isso na tua varanda? - Pergunta o Ivo.
- Tens um plano melhor? É diferente a nível gastronómico, é original, e completamente fora do contexto! - Respondo.
- Eu alinho no churrasco! - Disse a Joana. - E só porque sou uma gaja fixe, vamos para minha casa fazer a festa de natal. - Acrescentou ela que tem uma casa térrea com um pátio bem simpático.
- Vamos já fazer o sorteio do amigo secreto! - Disse a Ana em euforia.
Pior que Ana em euforia é ver os outros todos em euforia. Alguém arranjou um papel e uma caneta, meterem os papéis no gorro do Rodrigo e cada um tirou um papel.
Surpresa! O meu amigo secreto é a Carlota. Alguma coisa me diz que lhe vou dar a prenda antes do natal, mas vai ser épica.
Peguei no telemóvel e respondi à mensagem do Filipe, o jantar de amanhã está combinado, e claro que pela conversa dele ele vai querer sobremesa.
- Joana, estás livre amanhã de tarde?
- É fim-de-semana, claro que estou livre. Ao fim-de-semana os meus clientes como são homens de família, estão obviamente com a família!
- Boa! Às três da tarde passo em tua casa, sou capaz de precisar que me emprestes uma meias.
- Primeiro, porque é que vocês vão às compras sem mim? - Perguntou a Ana aborrecida.
- Segundo, porque é que a Joana te vai emprestar meias? - perguntou o Artur.
- Primeiro - e fito a Ana - Não sejas curiosa, já pensaste que tu podes ser o meu amigo secreto? - Ela calou-se e sorriu contente com a possibilidade. - Segundo, - e fito o Artur - Não sabes que meias estou a falar! - confesso que não tinha uma resposta melhor para lhe dar.
PLIM! Recebi uma mensagem, abri animadamente a pensar que era do Filipe, mas era uma mensagem simples da Joana que apenas dizia: MEIAS???
Tive que me controlar para dar uma gargalhada, estava a gerar um plano na minha cabeça. Apenas respondi "Daquelas que usas para amarrar os teus clientes à cama!"
A Joana não se controlou e soltou uma gargalhada a ler a mensagem. Todos a fitaram.
- O que foi? Já não se pode ser feliz?"

Se ainda não leram...

1º Capítulo | 2º Capítulo | 3º Capítulo | 4º Capítulo | 5º Capítulo | 6º Capítulo | 7º Capítulo | 8º Capítulo | 9º Capítulo | 10 Capítulo |


Espero que tenham gostado de mais este capítulo. O que acharam? Contem-me tudo!
 

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quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Hora da Póóóchete#110

No outro dia em conversa com BFF.

BFF: Nem sei o que se passa com as pessoas, desde quando é que o amor ser tornou tão instantâneo?

Eu: Vamos ver as coisas desta maneira, o amor é como um bolo.
BFF: Um bolo?
Eu: Sim. Antigamente era habitual fazer-se a massa do bolo batendo a massa à mão, depois passados uns anos começaram a usar-se as batedeiras, e agora já se compra a massa pronta, e é só preciso meter no forno...
BFF: Metáfora estranha, mas realista!


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terça-feira, 13 de novembro de 2018

5 detalhes aletórios que valorizo na minha vida

Sempre fui daquelas pessoas que acordam de manhã gratas e felizes com a vida que tem, porém, com o passar dos anos aprendi a valorizar a minha vida.

1. Ter um pai e uma mãe que me amam.
Infelizmente nem toda a gente pode dizer o mesmo.

2. Ter um trabalho
Pode não ser o melhor trabalho do mundo, mas também podia ser bem pior.

3. Não tenho dívidas nem créditos
Vejo muita gente individuada, por isso nos dias que correr não dever nada a ninguém é motivo de orgulho.

4. Sou "mãe" de duas meninas que precisam de mim

Saber que a Becas e a Egas me vêem como uma mãe, deixa-me feliz pois sei que estou a fazer um bom trabalho com elas.

5. Todos os dias luto por uma vida melhor
Desistir nunca deve ser opção e ter força e coragem para lutar todos os dias é motivo de orgulho.

E vocês, o que é que mais valorizam na vida?

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segunda-feira, 12 de novembro de 2018

#Resumo da Semana nº45/2018

Acho que o meu corpo está a criar uma espécie de defesas contras as segundas-feiras. Há duas semanas tive aquela ligeira gastrite e tive que vir para casa, esta semana tive uma enxaqueca que só com medicação e muitas força de vontade que não me arrastou para casa. Cheguei ao fim do dia de trabalho de rastos, mas pelo menos aguentei. Detesto estas crises de enxaqueca! Mais alguém sofre disso? Se sim quais são as vossas dicas para minimizar as dores?
E porque não existem duas sem três, acabei a semana constipada. Claro que um azar nunca vem só, fiquei constipada logo no fim de semana em que ia fazer um passeio até Resende para tirar fotos e estar com a minha prima. Terei agora que esperar pela próxima oportunidade. 


Legenda:

1. Não quero pressionar ninguém, mas só faltam 47 dias para o natal!
Por isso, no blog (link na bio) podem encontrar várias sugestões de prendas para mulheres de todas as idades.

2. Acho que ela me vai pedir alguma coisa!
3. Facto da vida nº66: Existem tradições de família que nunca devemos esquecer, principalmente aquelas em que uma parte da família se reúne para falar mal da outra parte.
4. Para mim só é oficialmente outono/inverno depois de comer castanhas! Quem mais é assim?
5. Apesar de cansativo adoro ter dias cheios e ter sempre muita coisa para fazer. Por isso e porque hoje é segunda-feira no blog (link na bio) falo um pouco sobre a minha semana
6. Além de frio e sono, esta menina tem também muito mimo!

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sábado, 10 de novembro de 2018

Tinha tudo para correr mal (10º Capítulo)

A pedido de muitas famílias portuguesas... Vá OK algumas, eis que hoje publico o primeiro capitulo de TTPCM em analepse. Hoje todos nós vamos ficar a saber como é que a Eduarda e o Artur se conheceram e como é que ficaram amigos.
Não se esqueçam de deixar a vossa opinião sobre a história, pois adoro saber o que estão a achar.

"Se por algum motivo alguém observar o meu grupo de amigos, de certeza que se deve perguntar como é que um grupo de pessoas tão díspar se dá assim tão bem. A verdade é que nem sempre foi assim, durante muito tempo fomos sete estranhos, mas a verdade é que as lágrimas, o sangue e suor nos uniram e hoje somos sete pessoas diferentes mas com laços em comum.

Algures em 1995

A minha mãe mandou-me vestir uma roupa bonita e portar-me bem. A nova vizinha veio cá a casa tomar um café e trouxe os filhos, o rapaz é da minha idade, a rapariga mal anda e fala de uma maneira esquisita.
- Eduarda vai mostrar ao Artur os teus brinquedos. - Ordenou a minha mãe, afastei-me para o meu quarto com aquele miúdo magrelas e de óculos.
- Boa! Tens muitos brinquedos, mas são todos de menina! - Disse ele quando entrou no meu quatro.
- Eu sou menina! - Digo eu admirada pela observação dele. - Mas se quiseres da próxima vez que vieres cá a casa podes trazer os teus brinquedos para brincarmos juntos!
- Não gosto de ti! Tens tudo cor-de-rosa!
- Também não gosto de ti, és mau!
- E tu és gorda!
Sabem aquele momento em que nem pensamos duas vezes? Pois bem, chateada corri para ele com toda a minha força e atirei-o ao chão.
Foi o fim do mundo no meu quarto, num segundo ele estava de pé, noutro estava a empurra-lo e depois ele estava estendido no chão a chorar com o nariz a escorrer sangue.
Lembram-se de eu ter dito que a nossa amizade começou à base de sangue, lágrimas e suor? Pois bem cá estão as lágrimas e o sangue a parte do suor foi quando eu tive que fugir da minha mãe porque ela me queria bater e colocar de castigo.

Alguns meses depois, primeiro dia de aulas da escola primária.

Estava a tentar encontrar o melhor lugar para me esconder. Gosto de brincar às escondidas com os meninos da minha turma. Já estou no segundo ano, por isso já sou mais crescida que os bebés da primeira classe, e por isso posso escolher os melhores sítios para brincar.
- És um menino da mamã! - Gritou um rapaz mais velho empurrando um dos bebés da primeira classe.
- Caixa de óculos! - Atacou outro voltando a empurrar o bebé que já tinha os óculos desalinhados e a camisa por fora das calças.
- Não me batam! - Pedia ele.
Ah! Finalmente reconheci o bebé da primeira classe, é o filho da vizinha a quem eu parti o nariz. Tenho duas opções, ou deixo que ele se torne o saco de boxe dos miúdos do terceiro ano, ou faço dele um homem e talvez a minha mãe possa ir tomar café com a mãe dele outra vez.
- Ei! - Gritei. - Deixem-no em paz!
- Está mas é caladinha chavala senão batemos-te! - Ameaçou o miúdo mais velho.
- Se me bateres faço queixa de ti!
- Se fizeres queixa de nós amanhã batemos-te outra vez.
- E eu volto a fazer queixa. - Ameacei, apesar de já sentir os joelhos a tremer. O bebé Artur olhava para mim incrédulo.
- Ela tem razão! Se nos fizerem mal, nós fazemos os dois, queixa de vocês! - Atacou o Artur para minha surpresa.
Fiquei admirada com a atitude dele, mas ao mesmo tempo ganhei uma coragem renovada contra os miúdos do terceiro ano. Peguei no walkman que tinha no bolso e atirei-o ao chão. A minha mãe não ia ficar nada feliz.
- E agora vou dizer que vocês me partiram o walkman!!! Larguem-no já! - Gritei ao ver a funcionária a passar pelo corredor. Comecei a chorar mesmo a tempo dela chegar junto de nós.
- O que é que se passa aqui? - Perguntou a mulher.
- Eles bateram-me a atiraram o meu walkman para o chão, e depois começaram a bater a ele... - Disse apontando para o Artur.
- É verdade, eles iam fazer-nos mal! - Continuou o Artur.
A funcionária levou os dois miúdos com ela e assim que se afastou o suficiente aproximei-me dele.
- Deves-me uma! - Disse.
- Tu mentiste! - Atacou ele, agora com mais coragem porque não tinha ninguém a ameaça-lo.
- Tu também! - Respondi com um sorriso malandro - Mas eu não conto a ninguém. Agora se quiseres, logo à tarde depois das aulas podes ir brincar comigo.
- Gostas de andar de bicicleta?
- Sim.
- Vou falar com a minha mãe para irmos passear ao parque. - Terminou ela sorrindo.

Atualidade

Desde esse dia sempre me senti na responsabilidade de cuidar do Artur, apesar de (e contra aquilo que eu gosto de assumir perante ele), ser ele a cuidar de mim várias vezes.
Para ser honesta, foi ele que segurou na minha cabeça quando eu apanhei a minha primeira bebedeira e passei a noite a vomitar no jardim, foi ele o primeiro a chegar a minha casa quando eu lhe disse que me ia divorciar, e foi o primeiro a dizer-me que eu era a melhor amiga que uma pessoa podia ter."


 

Se ainda não leram...

1º Capítulo | 2º Capítulo | 3º Capítulo | 4º Capítulo | 5º Capítulo | 6º Capítulo | 7º Capítulo | 8º Capítulo | 9º Capítulo |

 

Espero que tenham gostado desta analepse. Por favor deixem a vossa opinião para eu saber se posso ou não continuar com estes capítulos alternativos.

 

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quarta-feira, 7 de novembro de 2018

5 restaurantes que eu adoro no Porto

Sair para almoçar ou jantar é sempre apelativo, porém na hora da verdade é sempre difícil escolher onde ir. Tal como acontece com a maioria das pessoas eu tenho os meus favoritos e hoje decidi partilhar tudo com vocês.

1. Restaurante a Ponte do Freixo

Já frequento este restaurante há muitos anos e acreditem em mim, a qualidade e o serviço são os mesmos do primeiro dia. Os produtos são de uma fabulosa qualidade, os frescos cativam o nosso paladar e para mim, as carnes são sem dúvida a melhor opção.
Sugestão: Se gostam de bons bifes experimentem o bifão ou o costeletão, mas levem amigos ou muito apetite porque a dose é enorme.

2. Restaurante Lage Senhor do Padrão
Adoro comer peixe grelhado, por isso os restaurantes em Matosinhos são a escolha perfeita. Neste restaurante encontramos várias variedades de peixe que é sempre assado na hora o que permite desfrutar dos melhores sabores do mar em terra.
Sugestão: As entradas de búzio são as minhas favoritas e nunca as dispenso.

3. 7 mares
E porque não podemos falar de peixe sem gostar de marisco, eis que vos apresento o restaurante "7 mares", o atendimento é acolhedor, e aqui encontramos fabulosos pratos de marisco, desde as famosas cataplanas a espadas para todos os gostos e apetites.
Sugestão: A espetada de marisco é sem dúvida de comer e chorar por mais.

4. Musaxi
E porque eu sou louca por sushi, tinha que estar nesta lista um dos meus favoritos neste tipo de gastronomia. O facto de servir em rodízio é algo que me atrai, primeiro pela variedade e depois pela qualidade. Aqui encontramos vários tipos de peças desde temaki, a sashimi, aos famosos rolos de sushi, sejam quentes ou frios.
Sugestão: As mini espetadas de camarão e bacon (eu sei que não são sushi, mas são uma delicia.)

5. Barril
Só quem é do porto compreende esta coisa de adorar francesinhas. A minha favorita deste momento tem sido a do Barrril que além de inovadora é sem dúvida alguma uma francesinha que deve ser saboreada com calma e mente aberta pois é servida em pão pita.
Sugestão: A própria francesinha Barril com certeza!

E vocês quais são os vossos restaurantes favoritos?

 

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terça-feira, 6 de novembro de 2018

Hora da Póóóchete#109

No outro dia estava eu sossegada no café a beber o meu café antes de ir trabalhar quando uma senhora já com uma certa idade entrou chateada e se sentou ao meu lado. Não tardou a que ela começasse a falar comigo. Ao fim de uns minutos percebi o seu motivo de indignação. Ao que parece uma rapariga nova não lhe tinha cedido o lugar no autocarro.

 Senhora: Ainda por cima, era de cor!

Eu: Isso não tem nada a ver com a educação da pessoa, também existem brancos que não cedem os lugares nos transportes públicos.
Senhora: É por isso que a escravatura não devia ter sido abolida!
Eu (completamente chocada com aquele comentário racista): Felizmente isso já não existe.
Senhora: Noutros tempos ela teria sido açoitada!
Eu: Noutros tempos e noutras culturas os velhos também eram usados em sacrifícios só para não serem "pesados" aos mais novos. Mas como eu disse ainda bem que evoluímos, caso contrário a senhora não se estaria a aborrecer com um lugar no autocarro porque de certeza que não estaria aqui para contar a história.

O senhor do café ficou a olhar para mim com aquela cara "resposta bem dada". Eu levantei-me e saí antes que a velhota fizesse mais algum comentário revoltante.

 

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segunda-feira, 5 de novembro de 2018

#Resumo da Semana nº44/2018

Acreditem ou não, estamos a cerca de 50 dias do natal, por isso a minha pergunta neste momento é: Como vão essas compras?
A semana passou a correr como é habitual e com o feriado na quinta-feira parece que os dias voaram... Esta semana já vai parecer mais longa, é sempre assim depois de uma semana com feriado não é?
Por estes lados está tudo na mesma, ainda estou com alguma dificuldade em adaptar-me aos horários e ter tempo para tudo, reparei que está a ser a leitura que está a ser penalizada com todas esta correria.
Também aproveitei a semana para visitar um casal amigo que vão ter um bebé em breve. Ou seja vou ser "tia" novamente e desta vez de um menino!


Legenda:

1. Não estou psicologicamente preparada para enfrentar o inverno!
2. Que o Halloween comece!
3. Retirado da saga "Eu coleciono Globos de Neves", apresento-vos o globo que comprei em Lisboa!
4. Mais uma leitura acabada!
5. Pura verdade da vida! Amem-se!
6. Bom Halloween a todos!
7. Facto da vida nº65: Por muito paciente que uma pessoa tente ser, vai sempre existir alguém que nos vai levar aos limites da paciência!

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Apresento-vos o José Régio

Como sabem recentemente fui passar um dia a Vila do Conde, e além de visitar o Convento de Santa Clara, ainda aproveitei o bom tempo que se fazia sentir para relaxar na Praça José Régio.

Mas afinal quem foi José Régio?

 

Para quem não sabe José Régio é o pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira, estamos a falar de um escritor, poeta, dramaturgo, romancista, ensaísta, cronista entre outros que nasceu em Vila do Conde a 17 de setembro de 1901.

Até à sua morte a 22 de dezembro de 1969, este famoso e diversificado escritor português publicou cerca de 50 obras, entre elas ficção, novelas, poesia e ainda alguns ensaios e cartas.
Foi ainda muito jovem que publicou os seus primeiros poemas nos jornais de Vila do Conde, porém depois de uma breve e infeliz passagem por um internato no Porto (que foi a inspiração para "Uma Gota de Sangue"), partiu para Coimbra onde se licenciou em Filologia Romântica.
Em 1927 José Régio começou a dar aulas de Português e Francês numa escola do Porto, mas mais tarde em 1928 começou a lecionar no Liceu Nacional de Portalegre (atual escola Mouzinho da Silveira) onde esteve uma grande parte da sua vida. Aposentou-se da vida docente em 1962, mantendo-se por Portalegre até 1966 data em que regressou definitivamente a Vila do Conde.

Como escritor, José Régio é considerado um dos maiores criadores da literatura moderna portuguesa. Nas suas obras é constante encontrar o conflito entre o Homem e Deus, o artista e a sociedade, o Eu e os outros. Estamos a falar de um autor que constrói as suas obras num tom de misticismo e intimismo.

Apesar de nunca ter lido nada deste autor (shame on me), achei que seria bom partilhar com vocês alguma obras que pelo menos para mim parecem merecer destaque:
1; 2; 3; 4

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sábado, 3 de novembro de 2018

Tinha tudo para correr mal (9º Capítulo)

Ainda não vai ser hoje que vão saber como é que a Eduardae o Artur se conheceram, até porque acho que muitos de vocês ficaram com alguma curiosidade depois do post da semana passada, por isso sem mais demoras, vamos descobrir o que aconteceu no dia seguinte à festa de Halloween.

"Que barulho é este? Ups, é o meu telemóvel. Mas quem é me está a ligar às oito da manhã de um feriado? Olho para o visor e surge em grande plano uma fotografia da Carlota. Ainda chateada atendo.
- Estou? - Atendo eu sentando-me na cama.
- Edu, fiz asneiras! - Disse ela, não estava a chorar, mas havia um tom na sua voz que me deixou preocupada.
- O que é que aconteceu?
- Tive sexo de uma só noite
E isso é mau?
- E qual é problema?
- Ele desapareceu, acordei sozinha no quarto de hotel. Completamente sozinha!
Volto a perguntar: E isso é mau?
- Boa, assim não tens que ter a típica conversa constrangedora, do "olá, ontem foi fabuloso, e agora hasta la vista baby".
- Isto é muito estranho. - Queixou-se ela com uma voz triste.
- Calma, vamos por partes, primeiro, usaram precauções, certo?
- Sim.
- OK, ainda bem, segundo, onde estás?
- Na cama.
- Já te levantaste?
- Não!
- Dói-te alguma coisa?
- Além do sitio óbvio não.
Informação a mais! Visão do inferno! Por favor alguém apague esta imagem da Carlota a ter sexo louco com um estranho da minha cabeça.
- Muito bem, quero que te levantes e observes o teu corpo ao espelho da casa de banho com muito cuidado.
- Estou assustada Edu!
- Querida, isso foi só uma noite de sexo louco e despido, de certeza que nada correu mal, mas vamos só ter certeza OK? - Consigo ouvi-la a fungar do outro lado da linha, e depois o barulho dela a abrir a porta da casa de banho. Confesso que fico nervosa com a possibilidade de um idiota qualquer ter feito mal à miúda.
- Não vejo nada. - Respiramos de alivio, porém não lhe mostrei que estava satisfeita.
- Vês, eu disse que não havia problemas... Veste-te e vai para casa!
- Edu tenho vergonha de sair daqui, além disso só tenho as roupas da Anabelle! Não podes vir ter comigo e trazer-me umas roupas?
- Carlota, apenas vais passar o corredor da vergonha, isso é um ritual da vida, acontece a todos...
- Já te aconteceu?
- Por acaso não! - Respondo. Neste momento percebo que até sou boa pessoa e tenho uma consciência. - Eu vou ter contigo, dá-me uma meia hora e envia-me por mensagem o nome do hotel.
Nunca lhe contei que voei até ao hotel, sabia o que ela sentia por ter sido abandonada daquela forma. É humilhante, principalmente para uma miúda de 25 anos ingénua como uma tartaruga. 
Também nunca lhe contei que o sacana do gajo não tinha sequer pago a conta do quarto. Paguei-a eu e fiz segredo da coisa. Nunca lhe contei que vi na ficha de inscrição do hotel o nome dele.
Entrei no quarto e preferia mil vezes ter encontrado a Anabelle ao que vi.
- Então que se passa?
- Como é que eu fui tão estúpida? Ele usou-me.
- Pois, mas era óbvio não era... Foste de facto estúpida, mas ser estúpido faz parte...
- Não tens mesmo jeito para aconchegar uma pessoa.
- A minha função não é mimar-te, tens pais e irmão para isso. A minha função aqui é evitar que te voltes a sentir assim no futuro, porque pelo presente não há nada que eu possa fazer. - Respondi estendendo-lhe um fato de treino meu.
- Como é que consegues ser assim?
Tive que sorrir, faço esta pergunta a mim mesma todos os dias (e por vezes várias vezes ao dia).
- Não sei, mas gosto de acreditar que isso faz parte do teu charme natural!" 

 

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1º Capítulo | 2º Capítulo | 3º Capítulo | 4º Capítulo | 5º Capítulo | 6º Capítulo | 7º Capítulo | 8º Capítulo |


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sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Uma tarde no Mosteiro de Santa Clara

Como vos disse no outro dia, fui recentemente passar um dia a Vila do Conde e andei a explorar vários recantos e acabei por ir ter ao Convento de Santa Clara onde estava a decorrer uma feira medieval para celebrar os 700 anos do mosteiro de Santa Clara.

Mas falemos do convento...
O convento de Santa Clara foi um convento feminino instituído em 1318 e extinto no século XIX. Desta antiga construção resta apenas a igreja de estilo gótico e uma parte do edifício conventual.
Do património fundado por D. Afonso Sanches apenas chegaram aos nossos dias a igreja, a área residencial (outrora designada como os "dormitórios novos"), edificada no século XVIII, os arcos do antigo claustro com o seu chafariz e o extenso aqueduto - o aqueduto de Santa Clara, em parte destruído.
Após o decreto de extinção das ordens religiosas em 18341834, a vida no convento foi-se apagando lentamente, até chegar ao seu termo em 1892, com a morte da última freira. Mas até essa data, o mosteiro e o convento foram alvo de várias lendas que espelhavam o espírito e as vivências de uma vida cristã aprimorada.
Em 1902 as dependências do antigo convento receberam a Casa de Detenção e Correção do Porto, depois Reformatório de Vila do Conde e Escola Profissional de Santa Clara, sendo depois conhecido como Centro Educativo de Santa Clara, estabelecimento de tutela de menores que funcionou até 2007. 
 A partir dessa data o edifício ficou abandonado, e apesar de existirem projetos de requalificação dos edifícios o mesmo mantém-se abandonado.
Em conversa com alguns habitantes da Vila, percebi que existe um certo misticismo em volta deste convento e não se remete só à famosa lenda da Berengária. Segundo alguns as janelas estão quase toda protegidas com um gradeamento externo para evitar que as freiras enclausuradas se tentassem matar. Se este facto é verdade ou não, eu não consegui comprovar, mas a verdade é que em muitas janelas somos surpreendidos com gradeamentos.

Atualmente o edifício está muito degradado e se é difícil ter uma ideia de como seria na época em que era habitado pelas freiras, é mais fácil encontrar ainda alguns traços do edifício que albergou jovens rapazes confinados ao reformatório.

Já conheciam este edifico? Já visitaram a Vila do Conde?

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