Tal como prometido hoje vão ficar a saber como é que a Eduarda e Ana se conheceram, estão curiosos?
Espero que estejam a gostar da história, e estejam curiosos com que vai acontecer a seguir, até porque ando aqui a pensar em algumas reviravoltas, por isso deixo já uma dica, estejam atentos à entrelinhas.
"Apesar de atualmente nos darmos todos muito bem a verdade é que durante anos eu e a Ana éramos uma espécie de arqui-inimigas, não que tivéssemos motivos para tal, simplesmente não gostávamos uma da outra. De qualquer forma eu e ela já estudávamos juntas na mesma turma à mais de cinco anos quando a ironia do destino nos uniu.
Algures em 2004
Sentei-me a fumar o meu cigarro num dos bancos da escola enquanto esperava pelo Artur, não conseguia acreditar no azar que tinha tido quando o professor de sociologia escolheu a Ana para meu par no trabalho final.
Quer dizer até compreendo, o trabalho é sobre as diferenças, e sobre compreender e conhecer melhor os outros, por isso ele teve o genial cuidado de agrupar os elementos que são mais diferentes entre si, mas a Ana... Quer dizer, eu sou banana no meio das maças, podia fazer este trabalho com qualquer outra pessoa, mas ele escolheu a Ana!
- Desculpa incomodar... - Disse a Ana aproximando-se de mim já abanando os braços para afastar o fumo do cigarro, apesar de não estar suficientemente perto para isso. - Sei que não somos as melhores amigas, aliás nunca nos demos bem, mas ambas precisamos desta nota para a média final, por isso vamos fazer um esforço.
- Na boa! - Respondo, ainda estou a tentar acreditar que estou a ter um sonho muito esquisito ou uma alucinação muito fora do comum. - Preciso desta nota para entrar na faculdade, por isso acredita que não tenho interesse em em te sabotar.
- Boa! - Disse ela abanado a cabeça cheia de cabelos loiros bem penteados. - Vamos aproveitar que ainda não temos testes, para adiantar o trabalho, o que me dizes de logo à tarde passares por minha casa, e começarmos a adiantar as coisas?
- Sim, pode ser... - Respondo.
Isto está mesmo a acontecer não está?
Nessa tarde
OK, isto é pior do que eu pensava, estou à porta de uma casa estupidamente grande e luxuosa. Além de ser beta é também rica, vejam bem, um mal nunca vem só.
Algum tempo depois de tocar à campainha, eis que a porta se abre e para minha surpresa, não é a Barbie que me abre a porta, mas sim uma versão assustadora de olhos inchados, lágrimas no rosto e cabelo preso no topo da cabeça.
- Desculpa, entra... - Disse ela tentando disfarçar.
Confesso que tentei ignorar, não me queria meter na vida dela, mas quando a vi sem aquele brilho habitual, tão humana e menos protótipo de boneca fiquei verdadeiramente com pena.
- Hum... Hum... Quer dizer... Hum... Estás bem?
- Sim. - Respondeu ela.
- Suponho que seja então habitual estares nesse estado quando não estás em publico...
- Não, mas não é nada... - Disse ela sem me fitar.
- Olha que não me queiras contar é uma coisa, agora não insultes a minha inteligência ao dizeres que não é nada... Se quiseres podemos fazer o trabalho noutro dia, e vais falar com as tuas amigas a Nancy e a Stacy... Ou seja lá qual é o nome das amigas da Barbie.
- Não posso, elas não iam acreditar em mim...
- Então e um psicólogo... Tens pinta de quem recorre a um!
- Não ia servir de nada... - Choramingou ela.
E pronto desatou a chorar.
Senhoras e senhores, depois do sucesso da Barbie que fala, da Barbie sereia, da Barbie médica, eis que chegou a Barbie chorona!
- Hum... Bem... Hum... - Não queria nada fazer isto, mas cá vai. - Posso ajudar?
- Bem, amanhã quem ainda não sabe, vai saber. - Disse ela agarrando-me pela mão e arrastando-me para o quarto dela, que surpresa das surpresas não era cor-de-rosa! Era apenas roxo! - Como sabes o Nelson, o meu namorado está em casa adoentado, e ontem à noite fui levar-lhe alguns apontamentos para ele estudar. Hoje ele andou a espalhar na escola que eu fui lá para termos relações sexuais e está a inventar muita coisa detalhada que não aconteceu.
- E não aconteceu?!
- Não! Eu ainda sou virgem! E não queria este tipo de boatos à minha volta... Sei que não passo essa imagem, mas é tudo fachada... - Chorou ela, estranhamente não só acreditei nela, como me identifiquei com ela.
- Acho que tenho um plano para resolver essa situação. - Sorri para ela quando me fitou com os olhos cheios de esperança, pedi que me contasse detalhadamente os boatos.
- Qual é o teu plano?
Dia seguinte
É incrível como um boato voa numa escola, é ainda mais incrível como outro boato voa ainda mais.
- Edu, já sabes o que andam a dizer sobre a Ana? - Perguntou o Artur.
- Qual das partes? - Pergunto com um sorriso.
- Então acho que a Ana foi para a cama o Nelson, mas alguém ouviu a Ana a comentar na casa de banho que ele tipo... Não levantou, estás a ver? Que ele é impotente!
Faço uma cara de choque, como se estivesse verdadeiramente surpreendida.
- Não me admira! Quem fala muito acerta pouco! - Exclamei rindo, ao longe toda a gente comentava e se ria à passagem do Nelson.
Alguns dias depois, dia da apresentação do trabalho
- Ao longo da história, é usual vermos várias culturas e sociedades unirem esforços pelo um bem maior. A verdade é que normalmente as pessoas diferentes se completam e por isso essas uniões resultam bem. - Explico eu já a em forma de resumo.
- Eu e a Eduarda não tínhamos mesmo nada em comum... Ou pelo menos era o que ambas pensávamos até descobrirmos que ambas somos muito boas a criar verdadeiras histórias! - Rematou a Ana rindo.
Atualidade
E foi assim que o Nelson nunca mais (pelo menos daquele ano e no seguinte) recuperou a sua imagem de macho alfa, e que eu e a Ana nos tornamos amigas.
E ainda dizem que não se aprende nada na escola."
Se ainda não leram...
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Hehe :)
ResponderEliminarBom fim de semana;)
Beijinhos
https://matildeferreira.co.uk
r: obrigada, bom fim de semana :)
ResponderEliminarPensas em reviravoltas,
ResponderEliminarvê lá se não te enganas
nas trocas e baldrocas
tenhas bom fim de semana!
Há pessoas que nos parecem improváveis de entrarem na nossa vida, por serem, aparentemente, muito diferentes de nós. Mas, muitas vezes, quando não lhes fechamos a porta, acabamos por ser surpreendidos :)
ResponderEliminarTens toda a razão, e por saber isso é que achei que seria engraçado a Ana e a Eduarda se terem amigas desta forma!
EliminarTenho andado muito afastado dos blogues, mas fiquei entusiasmado com este teu projecto. Parece ser muito interessante!
ResponderEliminarVou começar a ler do principio para ficar actualizado com a história!
Parabéns por esta iniciativa!
https://ummarderecordacoes.blogs.sapo.pt/
Fico feliz que tenhas gostado! Obrigada!
EliminarGostei da história... :)) Obrigada
ResponderEliminarHoje:- Na incerteza da minha alma abandonada
Bjos
Votos de um óptimo Domingo (:
Obrigada eu!
EliminarGostei da história minha amiga e aproveito para desejar um bom Domingo.
ResponderEliminarAndarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Nunca imaginaria algo assim, quero dizer, que foi assim que a Eduarda e a Ana ficaram amigas, gostei.
ResponderEliminarEheheheheh! Oram bem!... Amigas para sempre!... :-)
ResponderEliminarMais um capítulo que adorei ler!...
Beijinho
Ana
Adorei! Fez-me lembrar o liceu e as minhas amigas e arqui-inimigas 😁
ResponderEliminarFico à espera das reviravoltas.
Beijinhos