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terça-feira, 3 de janeiro de 2023

# Coimbra # onde ir

Uma tarde na Quinta das Lágrimas

Em setembro, durante as minhas férias em Coimbra, fiz aquela paragem obrigatória pela Quinta das Lágrimas, um local cheio de história e encantos, que deve ser visitado com todo o cuidado e atenção.


Uma tarde na Quinta das Lágrimas

 

A Quinta das Lágrimas localiza-se na margem esquerda do Mondego, a sua área ocupa uma área de cerca de 18 hectares em torno de um palácio do século XIX (que hoje em dia é um hotel de luxo). Nos jardins da Quinta das Lágrimas é possível encontrar tantas espécies de árvores como de lendas, entre as mais conhecidas, a lenda de D. Inês e D. Pedro.
Quem conhece a lenda, de certeza que já ouviu falar da famosa Fonte das Lágrimas e a Fonte dos Amores, até porque elas foram um, dos grandes cenários da história de amor do monarca com a jovem Inês.

Antes de ser conhecida como a Quinta das Lágrimas, a área correspondente era denominada "Quinta do Pombal" e constituiu-se couto de caça da família Real Portuguesa desde pelo menos do século XIV.
O registo histórico mais antigo data de 1326, numa altura em que a Santa Isabel de Aragão, Rainha de Portugal, mandou fazer um canal para levar a água de duas nascentes para o convento de Santa Clara.
O local de onde a água saia, foi apelidado "Fonte dos Amores", por presenciar a já referida paixão de D. Pedro (neto da soberana), pela Inês de Castro, uma fidalga galega que servia de dama de companhia a D. Constança, a então mulher de D. Pedro.
A famosa fonte, tem ainda um acesso por um arco ogival gótico, datado do século XIV.  

A outra fonte da quinta, mais distante da outra, foi denominada por Luís de Camões em "Os Lusíadas", como "Fonte das Lágrimas", esta referência surgiu da lenda que conta que D. Inês de Castro, teria vertido as suas lágrimas na fonte ao ser assassinada a mando de Afonso IV de Portugal. O sangue da jovem, ficou supostamente preso às rochas, e segundo dizem, ainda hoje é possível encontrar as marcas de sangue por lá.


Com o passar dos anos, a quinta passou a ser propriedade da Universidade de Coimbra e de uma ordem religiosa. Em 1650, foi murada e dai fizeram-se caminhos e taludes que contribuem para suportar a terra e as árvores da mata, dando seguimento à construção de um tanque que recebe água da Fonte das Lágrimas e a encaminha através de um canal para alimentar as mós de um lagar de azeite.


Só em 1813 surgiu o palácio que hoje dá lugar ao famoso hotel, essa construção contribuiu para o atual layout e designação da quinta.
Em 1813, Arthur Wellesley, então ainda visconde de Wellington, hóspede na quinta, a convite do seu ajudante de campo, António Maria Osório Cabral de Castro, plantou, na ocasião, duas sequoias  perto da "Fonte dos Amores" e mandou erguer uma lápide com a célebre estrofe de "Os Lusíadas" que situa a história de Pedro e Inês na Quinta. 

 

Uma tarde na Quinta das Lágrimas

 
Já por volta de 1850  Miguel Osório Cabral e Castro, filho de António, mandou construir o frondoso jardim romântico que ainda hoje cerca a Quinta, com lagos serpenteantes, e espécies vegetais exóticas de vários lugares do mundo, numa espécie de museu vegetal.
Em 1879, o palácio original foi destruído por um incêndio, sendo posteriormente reconstruido ao estilo dos antigos solares rurais portugueses.
Os espaços da Quinta e do Palácio foram recuperados nas décadas de 1980 e década de 1990.

E tu, já alguma visitaste a Quinta das Lágrimas? Conhecias a sua história?


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19 comentários:

  1. Tenho ideia de já ter visitado, mas há muitos anos. Tenho de voltar

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  2. Numa excursão da escola no ano do catapun algures entre o 9º e o 11º ano
    Não me recordo do ano ao certo talvez meados ou finais dos anos 80
    Obrigado por esta partilha
    Beijinho e boa semana

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    Respostas
    1. Acreditas que nunca visitei o lugar pela escola! Contudo conheço muitas pessoas que fizeram essa visita de estudo!

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  3. WoW such a beautiful places. Look great. Greetings.

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  4. Que é mesmo um lugar bem bonito para se visitar
    Beijinhos
    Novo post
    Tem Post Novos Diariamente

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  5. De tanta vez que deambulei por Coimbra
    e não fui ao local
    mas dá igual
    que o exposto encanta Teresa. Belo dia com alegria
    e a esse sorriso bonito, também, beijinhos *,~`))

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  6. Excelente post em informação e imagens.
    Já visitei, é realmente um lugar muito especial.
    Teresa, desejo-lhe um excelente ano pleno de tudo de bom.
    Beijinhos

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  7. Che belle foto! Tanti auguri di buon 2023!

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