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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

# assassinos em série # curiosidades

VLOG | O primeiro assassino em série português

Quando te falei sobre o "Estripador de Lisboa", referi também que apesar de Portugal ser um país relativamente calmo no que toca a assassinos em série, a verdade é que também temos alguns "esqueletos no armário". Esse é o caso de Diogo Alves, aquele que ficou conhecido como o primeiro assassino em série português.

O primeiro assassino em série português

 

Diogo Alves nasceu no interior da Galiza em 1810. Com apenas 13 anos emigrou para Lisboa tal como muitos outros galegos que vinham para a capital, a ideia seria ajudar na construção do aqueduto das águas livres.

Construído entre 1737 e 1799, o famoso Aqueduto das Águas Livres era uma obra impressionante e também, o eixo central de um sistema que percorria 14 quilómetros desde Sintra até à Travessia do vale de Alcântara. As suas galerias subterrâneas eram responsáveis por transportar a água até aos chafarizes, palácios e edifícios públicos.
Porém, e ao contrário dos seus conterrâneos, Diogo Alves acabou por não contribuir para a construção deste magnifico e importante edifício. Longe de toda a confusão da obra, Diogo Alves acabou por conseguir emprego a servir várias famílias abastadas da zona.


O seu modus operandi baseava-se em simplesmente abordar as vítimas que acediam ao aqueduto, maioritariamente lavadeiras e agricultores no seu regresso a casa após um dia de trabalho na cidade.
Supostamente, os alegados crimes decorridos no aqueduto, terão acontecido entre os anos de 1836 e 1839, contudo os mesmos não constam no processo judicial.
A escolha do aqueduto como cenário dos crimes, servia apenas um objetivo prático, isto porque, tratava-se de um local discreto que permitia a Diogo roubar e extorquir as vítimas sem chamar a atenção. Depois ele limitava-se a atirar as suas vítimas do topo do aqueduto, fazendo assim parecer que as mortes se travam apenas de suicídios.

É importante referir que falamos de uma época de grande instabilidade política, consequência da revolução liberal. Tratava-se por isso de uma época onde as dificuldades eram muitas, e como tal, não seria de estranhar que várias pessoas decidissem acabar com a própria vida.
Apesar de não haver provas concretas, estima-se que, em apenas seis meses, Diogo Alves tenha assassinado cerca de 70 pessoas, camuflado pela ideia de que as mortes se tratavam de suicídios. E o facto de as vítimas pertenceram a uma classe baixa contribuiu também para que o caso não tivesse a devida atenção.
A mudança de perspetiva das pessoas e das autoridades mudou após a morte de 4 pessoas da mesma família e do jardineiro da Infanta Isabel Maria. Só nesta altura é que se ponderou a hipótese de algum, e passo a citar “feroz salteador ali se refugiar”.


Assim que o Aqueduto das Águas Livres foi encerrado, Diogo Alves começou a atacar casa residenciais, porém só em 1839, quando ele invadiu a habitação do conhecido médico Pedro de Andrade e a sua família, é que os seus crimes receberam o devido destaque, ficando este crime conhecido como o crime da rua das flores. O facto de terem existido várias testemunhas contribuiu para que a polícia começasse a busca pelo assassino.
Esta busca acabou por guiar as autoridades até um dos membros do grupo de Diogo Alves. O individuo conhecido como “enterrador” foi apanhado em flagrante e acabou por confessar os crimes e por entregar os restantes assassinos.
Após a admissão de culpa nos casos do médico e de uma idosa na calçada da estrela, Diogo Alves foi condenado à forca. A 19 de fevereiro de 1841 a pena foi finalmente cumprida.

O primeiro assassino em série português


O mais curioso, foi que entre os anos de 1841 e 1852, continuaram a ocorrer mortes no Aqueduto das Águas Livre, como tal, e por motivos de segurança, o monumento foi encerrado, sendo apenas reaberto ao público no século XX.

Diogo Alves ficou então conhecido como um dos primeiros serial killers de Portugal e como o assassino do Aqueduto das águas livres, e foi, também, uma das últimas pessoas a ser condenada à pena de morte em Portugal.
 

Se gostaste desta história, e queres conhecer mais detalhes não podes perder o video que publiquei hoje no canal.

 Já conhecias esta personagem da nossa história?


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20 comentários:

  1. Curiosidades macabras mas interessantes Teresa.
    Belo fim de Semana com alegria, beijijinhos.

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  2. O saber nunca ocupou lugar. Já conhecia a Estória mas muita gente não conhece. Grato pela partilha.
    .
    Cumprimentos poéticos e cordiais
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

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  3. Olha que ainda não conhecia de todo, mas obrigada pela partilha
    Beijinhos
    Novo post
    Tem Post Novos Diariamente

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  4. Que história macabra. Provavelmente, ele era um psicopata.
    Beijinhos!!!

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  5. Sim, ja conhecia e durante anos tive muito medo dessa historia...

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  6. Não me recordava da história macabra!
    Bom sábado Teresa

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  7. Sabia que tinham existido várias mortes no Aqueduto mas não conhecia a história, super interessante. Obrigado pela partilha.
    Beijinhos e bom fim de semana

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  8. Arrepiante essa história. Pessoas ruins existem em todo o lugar. Não estamos protegidos em lugar algum!

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está no ar com muitos posts interessantes. Não deixe de conferir!

    Jovem Jornalista
    Instagram

    Até mais, Emerson Garcia

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