Quando te falei sobre o "Estripador de Lisboa", referi também que apesar de Portugal ser um país relativamente calmo no que toca a assassinos em série, a verdade é que também temos alguns "esqueletos no armário". Esse é o caso de Diogo Alves, aquele que ficou conhecido como o primeiro assassino em série português.
O primeiro assassino em série português
Diogo Alves nasceu no interior da Galiza em 1810. Com apenas 13 anos emigrou
para Lisboa tal como muitos outros galegos que vinham para a capital, a
ideia seria ajudar na construção do aqueduto das águas livres.
Construído
entre 1737 e 1799, o famoso Aqueduto das Águas Livres era uma obra
impressionante e também, o eixo central de um sistema que percorria 14
quilómetros desde Sintra até à Travessia do vale de Alcântara. As suas
galerias subterrâneas eram responsáveis por transportar a água até aos
chafarizes, palácios e edifícios públicos.
Porém, e ao contrário dos
seus conterrâneos, Diogo Alves acabou por não contribuir para a
construção deste magnifico e importante edifício. Longe de toda a
confusão da obra, Diogo Alves acabou por conseguir emprego a servir
várias famílias abastadas da zona.
O seu modus operandi baseava-se em simplesmente abordar as vítimas que acediam ao aqueduto,
maioritariamente lavadeiras e agricultores no seu regresso a casa após
um dia de trabalho na cidade.
Supostamente, os alegados crimes
decorridos no aqueduto, terão acontecido entre os anos de 1836 e 1839,
contudo os mesmos não constam no processo judicial.
A escolha do
aqueduto como cenário dos crimes, servia apenas um objetivo prático,
isto porque, tratava-se de um local discreto que permitia a Diogo roubar
e extorquir as vítimas sem chamar a atenção. Depois ele limitava-se a
atirar as suas vítimas do topo do aqueduto, fazendo assim parecer que as
mortes se travam apenas de suicídios.
É importante referir que
falamos de uma época de grande instabilidade política, consequência da
revolução liberal. Tratava-se por isso de uma época onde as dificuldades
eram muitas, e como tal, não seria de estranhar que várias pessoas
decidissem acabar com a própria vida.
Apesar de não haver provas
concretas, estima-se que, em apenas seis meses, Diogo Alves tenha
assassinado cerca de 70 pessoas, camuflado pela ideia de que as mortes
se tratavam de suicídios. E o facto de as vítimas pertenceram a uma
classe baixa contribuiu também para que o caso não tivesse a devida
atenção.
A mudança de perspetiva das pessoas e das autoridades mudou
após a morte de 4 pessoas da mesma família e do jardineiro da Infanta
Isabel Maria. Só nesta altura é que se ponderou a hipótese de algum, e
passo a citar “feroz salteador ali se refugiar”.
Assim que o
Aqueduto das Águas Livres foi encerrado, Diogo Alves começou a atacar
casa residenciais, porém só em 1839, quando ele invadiu a habitação do
conhecido médico Pedro de Andrade e a sua família, é que os seus crimes
receberam o devido destaque, ficando este crime conhecido como o crime
da rua das flores. O facto de terem existido várias testemunhas
contribuiu para que a polícia começasse a busca pelo assassino.
Esta
busca acabou por guiar as autoridades até um dos membros do grupo de
Diogo Alves. O individuo conhecido como “enterrador” foi apanhado em
flagrante e acabou por confessar os crimes e por entregar os restantes
assassinos.
Após a admissão de culpa nos casos do médico e de uma
idosa na calçada da estrela, Diogo Alves foi condenado à forca. A 19 de
fevereiro de 1841 a pena foi finalmente cumprida.
O primeiro assassino em série português
O mais
curioso, foi que entre os anos de 1841 e 1852, continuaram a ocorrer
mortes no Aqueduto das Águas Livre, como tal, e por motivos de
segurança, o monumento foi encerrado, sendo apenas reaberto ao público
no século XX.
Diogo Alves ficou então conhecido como um dos
primeiros serial killers de Portugal e como o assassino do Aqueduto das
águas livres, e foi, também, uma das últimas pessoas a ser condenada à
pena de morte em Portugal.
Se gostaste desta história, e queres conhecer mais detalhes não podes perder o video que publiquei hoje no canal.
Já conhecias esta personagem da nossa história?
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Curiosidades macabras mas interessantes Teresa.
ResponderEliminarBelo fim de Semana com alegria, beijijinhos.
Fico feliz que tenha gostado destas curiosidades!
EliminarO saber nunca ocupou lugar. Já conhecia a Estória mas muita gente não conhece. Grato pela partilha.
ResponderEliminar.
Cumprimentos poéticos e cordiais
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Eu é que agradeço!
EliminarHola
ResponderEliminarMuy interesante
un bes💕
Thanks!
EliminarOlha que ainda não conhecia de todo, mas obrigada pela partilha
ResponderEliminarBeijinhos
Novo post
Tem Post Novos Diariamente
Fico feliz que tenhas gostado!
EliminarQue história macabra. Provavelmente, ele era um psicopata.
ResponderEliminarBeijinhos!!!
Sem dúvida alguma!
EliminarQue medo... bjs
ResponderEliminarSem dúvida!
EliminarSim, ja conhecia e durante anos tive muito medo dessa historia...
ResponderEliminarÉ realmente assustadora!
EliminarTem gente de todo tipo em toda parte e época.
ResponderEliminarBom final de semana.
Um abraço. Tudo de bom.
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Tem toda a razão!
EliminarNão me recordava da história macabra!
ResponderEliminarBom sábado Teresa
Ainda bem que trouxe detalhes!
EliminarSabia que tinham existido várias mortes no Aqueduto mas não conhecia a história, super interessante. Obrigado pela partilha.
ResponderEliminarBeijinhos e bom fim de semana
Arrepiante essa história. Pessoas ruins existem em todo o lugar. Não estamos protegidos em lugar algum!
ResponderEliminarBoa semana!
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Até mais, Emerson Garcia