Áurea Justo, nasceu em Chaves em 1971, autora de livros com o "Estrelas de Saturno", "Nirvada", "Até À Eternidade Amélia" entre muitos outros, e editou a sua primeira obra em 2009, desde aí muitas outras surgiram naturalmente.

Ontem é só Memória: As suas obras passam por várias temáticas desde poesia, desenvolvimento pessoal e pela ficção científica, como é saltar de uma temática para a outra?
Áurea Justo: Desenvolvendo a sua questão de uma forma analítica, direi que é um processo maioritariamente simples, na medida em que todas as coisas possuem um carácter absoluto da sua existência, algo que lhes é muito próprio e eu simplesmente as adopto como algo de universal que é nosso, algo pelo qual me sinto recompensada quando abordo os temas sobre os quais escrevo e nos quais projecto uma forma única de linguagem escrita e na qual se reflecte a minha vivência como ser humano, estando deste modo interligadas.
Ontem é só Memória: Dizem que a primeira obra é sempre a mais difícil, como foi todo o processo de criação da obra "Estrelas de Saturno"? Como surgiu a ideia e o conceito dos temas abordados?
Áurea Justo: Não sei se de facto é isso que dizem, mas para mim, nenhuma delas tem sido difícil, encaro-as como um desafio, como uma descoberta através de actos criadores, inerentes à minha criatividade e tudo flui de uma forma harmoniosa, através de muito estudo pois sou uma pessoa autodidata.
A ideia sobre a minha Trilogia interplanetária surgiu vinda de um sonho antigo, inspirada num personagem que me marcou muito: Senhor Spock da série Star Trek.
Aliada ao gosto pelo estudo da Astronomia desde muito jovem anexo uma mensagem aos meus leitores, apelando à tolerância, ao amor pelo próprio, à convivência com as diferenças em harmonia e à paz Universal.

Ontem é só Memória: Criar personagens não é um processo simples para nenhum autor, qual foi a personagem mais desafiante que criou, e porquê?
Áurea Justo: O processo da formação de personagens inclui considerá-las uma extensão de mim mesma, na medida em que abrangem características de personalidade que me identificam numa composição de ideias peculiares.
Quando era apenas uma criança dei comigo a criar amigos imaginários, conferindo-lhes características que eu gostava que eles possuíssem, inconscientemente acabavam por formar a minha própria personalidade, talvez por isso sempre fui boa aluna a Português e a melhor na criação de composições.
Ontem é só Memória: De todas as suas obras, qual é a sua favorita e porquê?
Áurea Justo: A primeira,sem dúvida! Dizem que não há amor como o primeiro e eu atesto que é verdade pois tal como na história criada por mim, a "musa" que a inspirou (tirando o facto de ser extraterrestre) ,foi o meu amor primeiro e a quem dedico a obra.
Ontem é só Memória: Cada vez mais parece ser normal as pessoas não lerem tanto como antigamente, na sua opinião o que é necessário para que uma pessoa consiga desfrutar do prazer da leitura?
Áurea Justo: Trabalharem menos! Se os horários fossem mais flexíveis e menos preenchidos, teríamos oportunidade de usufruir de mais tempo livre para nós dedicar ao lazer e bem-estar e ler está obviamente incluído.
Claro que há também a vertente das novas tecnologias, que abarcam todo o nosso estado de espírito e já quase não vivemos sem elas, no entanto acredito que estamos assoberbados com a carga de horários de trabalho.

Ontem é só Memória: Como surgiu a Coruja Dourada, e como é que ela pode ajudar jovens autores?Áurea Justo: A Coruja Dourada é um projecto muito sonhado e surgiu com a finalidade de editar as minhas próprias obras literárias no entanto tenho recebido propostas para novas edições de outros autores.
Estarei receptiva a obras que tenham sobretudo qualidade e obviamente que sejam construtivas e que ajudem a desenvolver um mundo melhor.
Estou receptiva principalmente aos jovens para que também eles se sintam apoiados nesta iniciativa e que possam realizar os seus sonhos. Alimentando-os, evoluindo e aperfeiçoando-se , serão os escritores do amanhã. Não podemos deixar morrer a literatura!
Quanto ao futuro já existe uma nova obra prestes a chegar ao publico, um romance de época que nos apresenta Caroline como protagonista. Aposto que a curiosidade está aguçada, por isso a Áurea desvendou um pouco mais sobre esta história:
Ontem é só Memória: Para quando pudemos esperar a próxima obra? Será que nos pode levantar um pouco véu sobre aquilo que pudemos esperar?
Áurea Justo: A próxima obra estará concluída para 2022, "Os Amantes de Caroline O'Brien".
É um romance cuja acção se desenvolve na Inglaterra de 1920-1929, onde uma jovem sonhadora e altruísta, defensora dos direitos das mulheres, sofre com a prepotência masculina e sendo uma mulher guerreira,ela luta pelos seus ideais, sempre renascendo das cinzas.
Caroline apaixona-se pelo empregado da fábrica de sabonetes do pai, e claro que este não aceita o relacionamento, aproveitando-se de uma situação desfavorável contra Alexander (o apaixonado), levando-os à separação. Quando Caroline descobre que está grávida é retirada da universidade e colocada num asilo até ao nascimento do bebé. O pai dá a criança para adoção.
Há um duque italiano, Carlo Barberini que quer desposá-la a qualquer custo e assume um acordo com o pai da jovem. Caroline é assim obrigada a casar-se contra a vontade.
O duque é um homem íntegro, apaixonado, inteligente, culto e Caroline vai ter uma vida plena com ele, até às sua morte.
A continuação da história terão que a ler quando o livro estiver disponível.
Será que Caroline vai voltar a ver o filho?
E Alexander vai saber que tem um filho?
Vão ficar juntos?
Já conhecias a Áurea Justo, ou alguma das suas obras? Ficaste com curiosidade com alguma das obras?
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Etiquetas: Áurea Justo, entrevista, personagens