"A cada 40 segundos alguém decide morrer"

Não é fácil falar de suicídio... Não é fácil lidar com a morte, muito menos com uma morte que é desejada e muitas vezes planeada.

Eu tinha a minha ideia sobre o suicídio, mas quando um amigo de um amigo meu se suicidou, eu percebi que que as coisas mudam mais rápido do que podemos esperar, e que nada é certo ou garantido.
Não sei se é cobardia ou coragem. Talvez sejam os dois, ou talvez seja nenhum!

Os sinais de alarme.
Desde esse caso, que eu fiquei mais atenta aos sinais, doar objetos e bens, apatia, tristeza intensa, falar muitas vezes da morte.
Não tenho medo de falar da morte, até porque falar bem, e se conhecerem alguém com estes sintomas não critiquem, não digam "ah não penses nisso" ou "deixa-te de coisas". Um pensamento suicida não é uma coisa. É algo premeditado, e a falta de compreensão ou o facto de menosprezarmos esse pensamento pode piorar a sensação de falta de compreensão do sujeito.

Uma coisa de homens...
Apesar de ser recorrente em ambos os sexos, estudos apontam que os homens são aqueles que levam o suicídio em termos, já as mulheres tentam mais vezes a prática, mas muitas vezes sem sucesso.

Escrevi este post depois de ler um artigo da revista Happy de fevereiro. Enquanto o lia lembrei-me do funeral desse rapaz, de como inúmeras vidas mudaram por causa do ato dele. A verdade é que o gesto dele ensinou a toda uma escola uma verdadeira lição, uniu amigos, deu força a muitos que a tinham perdido.
O que eu quero dizer é que quando alguém decide acabar com a vida, não está só a determinar o seu fim, está a mudar para o bem e para o mal, a vida de muitas pessoas à sua volta.

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